quarta-feira, 30 de setembro de 2009

061. Da Razão e da Fé.

Vivemos no silêncio de nossas palavras. Falamos muito. Discorremos, discutimos, ouvimos e somos ouvidos e no final nossas palavras são silêncio. Silêncio ensurdecedor que dói. Silêncio, pois buscamos ouvir a resposta de um ser metafísico, mas apenas ouvimos as vozes humanas que nada respondem e que não podem ser consideradas como expressão da palavra divina tão esperada.

Existem dois grupos com posturas totalmente diferentes com relação a este silêncio. Aqueles que não podem ignorar o século XIX e a obra de Kant e Hegel e aqueles que estão na época medieval e, que, portanto não suportam a idéia kantiana de que é impossível conhecer a coisa em si ou o objeto que está fora do campo fenomenológico da experiência.

Como já está declarada no primeiro parágrafo a impossibilidade de aceitar uma palavra humana como divina, é certo de que o autor aceita o séc. XIX e que não mais vive na época medieval.

Aceitar as construções filosóficas dos séculos XVIII e XIX traz imediatamente a dificuldade de conciliar a razão e a fé. Para aqueles que vivem na era medieval não há este problema, pois a fé e a razão não são coisas diferentes. De fato, para uma pessoa que vive no mundo encantado não há qualquer outra explicação para as circunstâncias da vida do que a ação de seres mágicos que permeiam o mundo de tal maneira que se fazem dele por origem. São seres que emanam da terra, como acreditavam os gregos antigos.

Seria imprudente afirmar que os povos antigos não buscavam uma explicação racional para os fenômenos. A explicação racional estava justamente na fé que demonstravam. Neste caso, a fé é como o encanto (RIBEIRO, 2004). Este encanto diante dos fatos extraordinários como um relâmpago, erupção vulcânica, terremoto ou diante de eventos mais simples como a chuva, a noite ou o som é facilmente entendido se levar-se em consideração a ação inebriante que as labaredas de uma fogueira ainda nos causam.

É preciso realizar um exercício de imaginação a fim de evitar a racionalização que o cérebro humano nos conduz de modo autômato. Se conseguirmos este grau de abstração, podemos, por um momento, ficar maravilhados com a reação que nossos ancestrais tiveram quando, deparados com o desconhecido, sentiram o prazer, a dor, o sangue e a vida e, ao mesmo tempo em que o outro sentia a dor, o sangue e a morte no ciclo nascer, viver, copular, morrer. Se para entender-se já há o deslumbramento, para entender o exterior, quando a noite caía e quando o dia levantava sem qualquer ação humana, só uma explicação seria pura: são manifestações de uma força além do cotidiano viver, morrer a que todos estão submetidos.

Essas manifestações são, sem dúvida, a expressão máxima do pensamento místico como compreensão do mundo mágico. É o acreditar que “lá” há algo que “aqui” não há, mas mesmo que “aqui” não esteja se importa com o que “aqui” acontece, pois interfere da forma que quer “aqui”, seja com chuvas que ajudam as plantações, seja com chuvas que arrasam as plantações. Daí surge a grande pergunta: “por que?”.

Os seres humanos têm o desejo de atribuir ao conhecimento uma finalidade. Todo conhecimento deve ter uma finalidade, pois é pela finalidade de um conhecimento que o ser humano racional identificará se vale a pena ou não conhecer aquilo que se dá a conhecer. A questão é que não há finalidade no objeto a ser conhecido, assim como não há finalidade no o conhecimento, pois o conjunto de atribuições dadas a uma coisa não são necessariamente a coisa em si. Afirmar que é possível descobrir a essência, ou seja, aquilo que faz a coisa ser aquilo que ela é, em sua totalidade, é presunção.

Não se afirma com isso que o ser humano não consiga atingir a realidade. Para o Idealismo tudo o que o homem conhece é atribuição humana, pois as coisas não se apresentam ao homem. Uma árvore jamais disse ao homem: “Olá, eu sou uma árvore.”. No entanto, não é por isso que a realidade não possa ser captada pelo homem que vê, toca, sente, experimenta e mata uma árvore. Deste modo, as coisas são nada em si mesmas, mas o ser humano, como juiz, arbitra e diz o que são.

Se for o homem quem descreve o que as coisas são, então se segue o convencionalismo para o nominalismo e daí para os inúmeros discursos acerca do objeto, mas o fundamento do discurso que aparentemente está na realidade da coisa já é o resultado de uma convenção.

Agora os termos ficaram frágeis, mas é que ao falar do mundo antigo, bruscamente (devido a falta de espaço nestas parcas linhas) pulamos até os sécs. XVIII e XIX. O que era antes a compreensão da realidade como fé e razão sem divisões, torna-se inviável, pois o homem salta para a compreensão de que apoiava sua hermenêutica em conteúdos sacralizados, mas que foram construídos pelo próprio homem.

É justamente nesta separação entre a fé e a razão, que muitos enxergam como inimigas e que deveriam afastar-se, que D. Miguel de Unamuno confirma a inimizade entre elas e exatamente por isso a intrínseca relação e dependência entre elas.

Unamuno indica que a “história da filosofia é em rigor uma história da religião.”. De fato, ambas meditam os acontecimentos da vida e o homem em sua pequenez e potencialidades. Os mesmos desconhecidos prazer, dor, sangue, morte e vida entre outros que surpreendiam seres humanos primitivos e que os forçavam a questionar o mundo e a si mesmos são também os objetos da reflexão da filosofia e da teologia.

A teologia e a filosofia são as palavras dos homens perante os mesmo fenômenos. Com o tempo houve o distanciamento entre elas, como já foi demonstrado acima, mas ainda que a filosofia priorize a razão e a teologia priorize a fé, promover o isolamento entre elas é ignorar que são estudos interdependentes e que jamais serão completos enquanto não retornarem ao enfoque primordial do momento em que foram gerados juntos. Com esta afirmação, não se aprova que o mundo volte a ser entendido como encantado, mas sim que haja também o espaço para a busca da compreensão do lado místico.

Nem a Filosofia deve ser submetida à Teologia e nem a Teologia deve ser submetida à Filosofia sob pena de ver ressurgir a Teologia Natural e a Teologia Revelada e o definhamento da Filosofia da Religião, o que seria um passo para trás de duzentos anos.

O Brasil ainda está na Idade Média e, ao contrário dos países da Europa que discutem a possibilidade de um discurso pós-metafísico, aqui Deus é realidade inquestionável, talvez pela total influência da obra de Schleiermacher que nem sequer os líderes religiosos conheçam, mas que a usam como teólogos liberais que são. Aqui, no Brasil, é a experiência que vale. A razão não pode questionar a fé, pois é da Bíblia e da boca de Jesus que se obtém o argumento de que os sábios (entendidos como representação da razão) não discernem as obras divinas, “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” (Mateus 11.25). A fé livre de qualquer crítica é supervalorizada, como uma fé cega que não precisa descobrir e pensar o objeto que a motiva. Mais uma vez é da Bíblia que se consegue o argumento e mais uma vez da boca de Jesus, “E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.” (Lucas 7.50).

Não se pode importar as obras européias que estão mais de duzentos anos à frente do Brasil e esperar que sejam confortavelmente aceitas. Será preciso muito trabalho e muita desconstrução até que seja possível entender que as nossas palavras são a única resposta que temos diante do silêncio e que elas mesmas são silêncio. O giro antropológico de Hegel ainda não aconteceu no Brasil. Os discursos acerca de Deus têm primazia e todos os líderes religiosos falam dos atributos divinos como se dele realmente pudessem dizer algo que não apenas especulação. Falam como se tivessem recebido as revelações no monte Sinai.

Enquanto se especula sobre Deus como se estas fossem verdades absolutas e não considerações humanas, a religião não é enfocada. É preciso estudar a religião considerando e com a ajuda de outras ciências sociais. É imperativo que os teólogos e filósofos ouçam a sociologia, a psicologia e a antropologia entre outras, pois todas têm como desejo a compreensão do homem em sua relação com o mundo.

sábado, 26 de setembro de 2009

060. Da necessidade de mudança.

A única organização que me mantém na igreja é a organização Embaixadores do Rei, da qual fui membro desde os 08 anos de idade. Mas o tempo passa e é evidente que os manuais devem ser atualizados. Se não me atendiam quando eu era embaixador, os manuais estão cada vez mais ultrapassados. Coloco aqui algumas mudanças que eu e o outro conselheiro da embaixada Pr.Francisco Fulgêncio Soren fizemos em alguns tópicos de um manual.

É apenas um trabalho introdutório e o DENAER (Departamento Nacional dos Embaixadores do Rei) não nos solicitou ou aprovou as mudanças.

Em vermelho segue o texto do manual na íntegra. Em verde as alterações.

Embaixador e conselheiro vamos juntos na análise deste texto. E escrevo “vamos juntos na”, pois será uma viagem mesmo. O embaixador pode a qualquer momento considerar que o autor do manual está correto ou errado, ou que os conselheiros estão corretos ou errados. O que queremos é que o embaixador pense. Seja qual for a decisão que o embaixador tome, ela não será considerada certa ou errada. Os conselheiros não estão aqui para julgar. Estamos para aconselhar e isso é apenas emitir um parecer para que outrem o observe. Não é indicar uma direção. É apenas apresentar uma sugestão.

O Verdadeiro Deus é Esquecido


O homem observava o sol nascer e esconder-se todos os dias. Ouvia o vento passar pelas florestas. Via as nuvens correndo pelos céus, como castelos deslizando no azul distante. Observava a sucessão das estações, dos dias e das noites. Curioso e emocionado, o homem fazia perguntas sobre as forças da natureza que o rodeavam. E respondia ele mesmo, dizendo que todas as forças da natureza tinham espíritos, que podiam praticar o bem e o mal. Assim surgiu a crença em espíritos da natureza. Durante séculos o homem tem idolatrado a natureza, os animais, seus antepassados ilustres. O homem esqueceu-se do Criador da natureza, do Criador dos animais, e do criador de seus antepassados. Afastou-se cada vez mais do Deus verdadeiro e inteligente que ama, perdoa e salva

Alguém pode dizer que sabe quem é o “Deus verdadeiro”? A partir do momento que alguém diz que o seu Deus é o único, todos os demais deuses em que acreditam as outras pessoas passam a ser falsos ou até demônios. Mas, onde está certeza? Quem garante que alguém possa falar a cerca de Deus? Existem provas? Ora, se a fé é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” (Hebreus 11.1) então toda a certeza parte da fé. É uma questão de fé. E aqui vai outra pergunta: Porque essa fé e esse versículo só valem para os cristãos? Se for uma verdade, então a validade é para todos. Então aquele que acredita em duendes está errado? De acordo com o versículo a resposta é clara: não. Está certo, pois tem sua fé que é o fundamento da existência dos duendes e que é prova da existência dos duendes que não são vistos. Quero que o embaixador deixe de acreditar que seu “Deus” é o verdadeiro? Não. Mas será bom que entenda afirmar que só existe uma divindade e que você a conhece é perigoso, pois os demais seres humanos serão considerados errados.

E todo o parágrafo é pura invenção. Quem pode dizer como foi que surgiu a crença na divindade? O autor do manual garante coisas que são impossíveis de serem afirmadas.

Deuses Falsos São Criados


Em vez de confiar no seu criador, o homem passou a confiar em ídolos, que ele mesmo foi construindo. Isso o separou do senhor dos céus e da terra. A idolatria passou a fazer parte da vida dos povos. Alem de separar-se de Deus, o homem diminuiu a si mesmo. Vejamos: Quando eu faço um boneco, ele é menos importante do que eu, pois o fiz de acordo com a minha inteligência. Um deus feito pelo homem é, portanto, menor do que ele.


Jeremias 10.5-6 diz: “São como a palmeira, obra torneada, mas não podem falar; necessitam de que os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio dele, pois não podem fazer mal, nem tão pouco tem o poder de fazer o bem."


Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor, tu és grande, e grande o teu nome em força.

Voltamos ao que já foi explicado no parágrafo anterior. O autor do manual quer dizer que os demais deuses são invenção. Quem garante? Ninguém.

Como protestantes realmente não concordamos com imagens idolatradas. Mas será que todas as imagens são para esse fim? Claro que não. Às vezes a imagem é apenas uma representação de algo maior que tem importância para alguém. Os católicos têm muitas imagens e embora alguns adorem as imagens, outros percebem que as imagens são símbolos que os lembram de personagens que lhes são importantes por sua fé. É claro que muitos colocam suas imagens acima deles, mas considerá-los “burros” por isso é ser muito preconceituoso e arrogante.

Se o embaixador entender que aquele que faz um deus para si em pedra, madeira, barro ou qualquer outro material não está construindo um deus, mas construindo uma imagem que o leve ao encontro do deus, será mais fácil conversar com essas pessoas.

Lembremos que não é fácil para todos ter um Deus invisível como o do protestantismo.

Quantas Religiões


Estudando a história da humanidade, veremos algo interessante. Em todo lugar, tribo, cidade ou país, sempre existiu uma religião. Por que tantas religiões? Bem, todo homem sente que existe um Deus, isso está em cada um. Se formos a uma selva, notaremos que os índios sabem que existe algo superior a eles, que os governa que cuida deles, que os castiga de acordo com o que eles fazem. Cada grupo forma uma idéia sobre Deus, criando um religião. O problema é que as idéias sobre Deus são contrárias aos ensinamentos da bíblia, a verdadeira palavra de Deus. Há muita coisa errada, superstição. Nas religiões dos grandes países e cidades acontece o mesmo.

O autor do texto sempre quer empurrar para o embaixador que só existe o deus dele.

Este parágrafo é especulação. Não se sabe de onde surge a fagulha que leva o ser humano na direção de algo que seja maior do que ele. Não se sabe e muitos têm se perguntado isso. Muito antes da história de Cristo. Muito antes da história de Adão.

Se a bíblia é a única palavra de Deus então como explicar os textos mais antigos do que a bíblia que foram anexados a ela? Textos que existiam antes e foram colocados dentro da bíblia. Esses textos incorporados são também a única palavra de Deus? E os demais textos dos quais foram tirados essas partes?

Existe muita coisa errada nas diversas religiões? Claro que sim. Aceitar as diferenças não significa aceitar tudo! Tem que haver análise e não acusação ou menosprezo.

Deus e As Diversas Religiões


Deus tem-se revelado ao homem de quatro maneiras: na natureza, na consciência de cada um, na Bíblia e na revelação suprema, Jesus Cristo. Não é culpa de Deus que hoje haja tantas religiões, porque Deus tem se comunicado com o homem através de uma mensagem simples e clara.


Romanos 1.18-23 diz: 18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. 19 porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhe manifestou. 20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; 21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, com tudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.22 Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem do homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.”

Se o embaixador leu até aqui então já sabe que o parágrafo anterior é só ilusão. O autor está limitando a revelação de Deus. Ele afirma que Deus tem se revelado por apenas quatro formas. Como ele pode garantir isso? De modo algum. Não há forma de garantir quais são as formas de revelação divina. E o autor é astuto, pois coloca:

Na natureza: Ou seja...o mundo inteiro!

Na consciência: Ou seja...de acordo com a cabeça de cada um!

Na bíblia: Ou seja...só em um único livro que é o que ele acredita!

Em Jesus: Ou seja...só em uma pessoa que é a que ele acredita!

O autor simplesmente coloca que Deus se revela de acordo com o que ele acredita. Ardiloso. Mas um embaixador que pensa não cai em qualquer conversa. O embaixador pode acreditar mesmo que Deus só se revela destas quatro maneiras. Sem problemas. Mas, onde está a garantia? Em lugar nenhum.

E só mais duas perguntas: Se Deus se revela através de uma mensagem simples e clara, então porque ninguém pode afirmar com certeza qual é esta mensagem? E o que o texto bíblico colocado tem haver com o que o autor do manual escreveu? NADA.

O Homem e as Diversas Religiões


O problema está no homem mesmo. Ele não tem buscado a verdade na verdadeira fonte. Ele não tem aceito o Ser Supremo, único e Onipotente. Não foi o espírito santo de Deus que criou esta confusão. Para satisfazer à sua alma, buscando agradar alguma coisa superior a ele mesmo, o homem tem pecado contra o Deus verdadeiro. Tem crido em pseudos-deuses ou deuses falsos. A humanidade tem inventado organizações que só servem para levar almas ao inferno, confundindo-as ainda mais.


Jeremias 10.14-15 diz: “Todo homem se embruteceu e não tem conhecimento; da sua imagem esculpida envergonha-se todo fundidor; pois as suas imagens fundidas são falsas, e nelas não há fôlego. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação virão a perecer.”

Quando o autor do manual escreve que “o problema está no homem mesmo.” está sendo incompleto. O problema pode estar no homem, mas a solução também não está? Se acreditarmos que no homem só há problema, então a única saída seria algo fora de nós logo um deus. E é isto que o autor diz. Mas para ele a situação já está resolvida, pois escreveu o texto com a certeza de que o seu deus é o único.

E o texto bíblico que o autor se refere não se trata de um texto escrito para os tempos atuais. Usar o texto fora do contexto é muito arriscado. A quem o texto bíblico é dirigido? Será que às mesmas pessoas que o autor do manual se refere? Com certeza não, pois o texto é anterior ao autor em muitos anos. Então o autor rotula as pessoas ou as classifica ou então as identifica com as pessoas do período bíblico. Seja qual for a ação, não há argumentos que a expliquem ou comprovem.

Podemos Confiar nas Diversas Religiões?


Não! Nenhuma delas dá uma solução para o problema do pecado no mundo. Nenhuma delas dá verdadeira paz e segurança aos seus seguidores. Nenhuma delas pode dizer: “Aqui esta o nosso fundador, ele vive”. Todas se alegram em possuir o túmulo dos seus fundadores, diferente daquele do cristianismo, q pode alegrar-se com um túmulo vazio. Sim, há muitos caminhos inventados pelos homens para chegar a Deus, mas a bíblia apresenta um só, Jesus Cristo. O Senhor Jesus mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6), Milhões de crentes no mundo inteiro dão testemunho desta verdade através do viver diário, por meio da oração e pelo estudo da Bíblia.

O conceito de “problema do pecado” do mundo foi criado justamente pelo cristianismo. Sem religião cristã não há pecado, logo não há porque esperar que as demais religiões cuidem de um problema criado pelo cristianismo.

Nem o cristianismo pode dizer: “Aqui esta o nosso fundador,...”. Afinal, onde está o fundador do cristianismo?

O protestantismo realmente entende que na bíblia está a afirmação de Jesus de que é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6), mas a presença de milhões de crentes não é prova de que isto seja verdade. É uma verdade de fé, como já foi afirmado acima.

Mensagem Para o Mundo Perdido


É verdade, há no homem uma necessidade natural que o faz buscar o que é superior, porque o homem foi criado por Deus. O Senhor, porém, não deseja autômatos, robôs sem vontade própria, que o sigam por obrigação, o homem é livre para escolher o que lhe parece melhor, e isso muitas vezes o leva por caminhos errados. “Rogamos-vos por Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (2º Cor.5:20). Esta é uma mensagem para o mundo perdido.

Neste último parágrafo o autor afirma que há a necessidade do homem de buscar o superior porque foi criado por Deus, como já discutimos isso acima, partiremos para uma ótima frase dele: “O Senhor, porém, não deseja autômatos, robôs sem vontade própria, que o sigam por obrigação, o homem é livre para escolher o que lhe parece melhor,”. Acreditar que se sabe o que Deus quer é muito complicado. O autor baseia suas declarações na fé que tem na bíblia, mas se retirarmos a bíblia dele, suas afirmações caem. Assim, pensar naqueles que não têm a bíblia como única verdade é essencial.

Seja como for, a mensagem do protestantismo permanece, a saber, reconciliar com Deus o mundo através da mensagem de Cristo.

E com relação ao “perdido”, como se pode entender este termo? Para estar perdido é preciso que se tenha um ponto de referência onde se deseja estar. Então o perdido é aquele que não está onde deseja e não sabe como chegar a este local. Mas, qual o ponto de referência do texto? O do autor. O local que ele quer estar é o mesmo local em que o embaixador quer estar? E o local que o autor quer estar é o mesmo que o mundo quer estar? Então, quem está perdido?

Algumas perguntas para o embaixador: Qual a mensagem de Cristo? O que significa reconciliar o mundo com Deus?

6) Homens e Missões, Heróis da Fé

Missões não é um trabalho para homens. O autor do manual revela certo machismo. Será que o trabalho das missionárias deve ser ignorado? De forma alguma.

Antes de tudo é preciso saber o que são “Missões”. Em todo o texto o autor não explica o que são missões, então vamos explicar da forma mais simples possível: Missões é o nome dado ao projeto de ação missionária dos batistas[1].

O texto de Hebreus 11 demonstra os heróis para os judeus que, por extensão se tornaram heróis para os cristãos, mas não é recomendada a identificação da fé dos cristãos com a fé das personagens bíblicas. São figuras diferentes colocadas em épocas diferentes com crenças diferentes e que precisam ser analisadas individualmente.

Com relação aos apóstolos de Jesus, a recomendação é a mesma. São figuras diferentes colocadas em épocas diferentes com crenças diferentes e que precisam ser analisadas individualmente.



[1] A Junta de Missões Nacionais(JMN) e a Junta de Missões Mundiais(JMM) são as agências que planejam, promovem e executam o projeto de ação missionária dos batistas brasileiros. No âmbito interno, os missionários batistas estão presentes e atuantes em grande parte dos municípios de todas as regiões do país, plantando igrejas, apoiando as já existentes e abrindo novas frentes de trabalho em campos pioneiros. Em nível internacional, os batistas brasileiros desenvolvem uma arrojada e relevante ação missionária em países dos cinco continentes, valendo-se de uma experiência iniciada em 1907 e que tem servido de modelo para iniciativas implementadas por várias outras agências do mundo. Além do trabalho de evangelização, essas agências missionárias desempenham um papel decisivo em diversas áreas de genuíno interesse humano, como a cultura, a educação e a ação social.

(Fonte: http://batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=20)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

059. E aí? O que está passando na Terra?

A ideia é muito legal! Calculando a velocidade de propagação das ondas, monta-se um quadro de qual a programação terráquea está atingindo outros planetas neste momento.



A ideia superinteressante foi adaptada para o meio televisivo brasileiro pelo blog Vida Ordinária.


058.My Girl

Para uma grande amiga que sei que não é minha e nem quero que seja, pois é a sua liberdade que me encanta. Feliz Aniversário.

Para ver o original, clique aqui. (recomendo).

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

057. Ainda?

Há quem diga que a Rede Globo persegue os evangélicos. Há quem diga que teme a representação que os evangélicos possam assumir num cargo federal. Seja como for, não tenho muitas dúvidas com relação à palavra do índio Domingos Sávio Barreto, até porque ele só expressa que os evangélicos fazem hoje o que a Igreja Católica fez no passado.

Pergunto: Ainda? Será que não aprendemos nunca? Por que o processo de demonização e desmitologização do mundo é tão importante ao ponto de que assim como Tertuliano os evangélicos enxegem nas crenças dos outros somente demônios?

Segue a matéria.

Crenças indígenas e cristãs convivem em São Gabriel da Cachoeira (AM)

056.Comercial

O comercial das Havainas Fit foi retirado de veiculação devido a algumas reclamações.

Se tem um órgão que funciona neste país é o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), basta uma reclamação e eles estão em cima do lance pouco importando quem são os gigantes da propaganda que vão encarar. Desta vez foram a AlmapBBDO e a sua cliente Havaianas.

O comercial retirado do ar mostra uma doce vovó que incentiva a neta a procurar um homem com que possa ter relações sexuais sem a necessidade do casamento. É a vovó moderna que ainda julga a neta como "atrasada" por ficar surpresa com a indicação.

Sou favorável à retirada do comercial. Não por me sentir ofendido com a mudança dos valores morais da Sociedade (que na verdade não significam nada), mas sim porque aprendi uma coisa nos seis períodos (ainda voltarei e terminarei) que cursei de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e propaganda: Não importa se o comercial é melhor que um filme. O que importa é se ele vende o produto ou a marca. O comercial das Havaianas Fit não vende. Pelo contrário, incomoda e traz uma péssima imagem (as reclamações são prova disso) para a marca.

E ainda retiram a propaganda do ar...publicitários, ô raça!!

Para quem não viu:


E aqui a palavra da atriz Lúcia Berta.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Jesus In Índia

Foi transmitido no canal Telecine Cult da NET o documentário "Jesus in India" produção de Paul Davids de 2008. A sinopse no site informa:

" Um dundamentalista do Texas é afastado de sua igreja por questionar sobre os anos de Jesus que não aparecem na Bíblia, os chamados "anos perdidos". Em sua pesquisa por respostas, ele descobre uma teoria que diz que Jesus teria viajado pela Índia.".

O documentário é a narração da busca de Edward T. Martin pela resposta à pergunta pronunciada pela primeira vez na classe de catecúmenos de sua igreja: "Onde estava Jesus dos 12 até os 30 anos?" e que foi respondida com um categórico "Deus não quer que saibamos nada a respeito disso, ou então teria escrito na Bíblia".

Martin não apresenta uma tese sua, mas sim as possíveis explicações existentes para a "cortina de silêncio" presente nos Evangelhos. Vale lembrar que Martin não é exegeta ou teólogo, mas bacharel em Comunicação e Pedagogia e todas as suas afirmações devem ser consideradas sob este ponto de vista. Será que ele tem competência para sustentar a hipótese que demonstra no filme? Sua experiência é devida às várias viagens que fez pelo mundo e pelas conversas com líderes religiosos representantes de correntes do Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo e etc.

A tese sustentada no documentário é de que Jesus aos 13/14 anos de idade já era conhecido pelos seus discursos inspirados e que muitos homens da região desejavam-no para marido de suas filhas, o que ocasiona uma fuga de Jesus pela Rota da Seda (6.500 km de Israel até Índia) que era a rota comercial mais conhecida da época e passível de ser percorrida em pouco menos de um ano. Por que Jesus vai à Índia? Paramahansa Yogananda estabelece a relação entre Jesus e a Índia com a visita dos magos do Oriente, que seriam sacerdotes de Zaratrusta, na ocasião do nascimento de Jesus, descrita em Mateus cap.2,1-12.

Por esta rota, Jesus teria chegado a Caxemira (hoje, Paquistão, Índia e China) e teria estabelecido relações com os sacerdotes da região. Jesus teria aprendido os ensinamentos hindus e vivido entre os sacerdotes até que começou a criticar a vaidade dos Brahmans e a divisão em castas, sendo contratado um assassino para matar Jesus (Gostei desta hipótese, pois sendo Jesus aquele que se levanta contra a autoridade eclesiástica/sacerdotal em favor dos desprezados, a história não modifica um aspecto de Jesus que é central). Diante da possível execução, Jesus fugiria para Kapodevastu e depois para outros locais mais ao norte do Himalaia, onde afirma-se, vivam os homens sagrados. Depois de algum tempo Jesus retorna à Palestina e começa seu ministério.

Se até agora o leitor (se é que há algum) ficou tranquilo, esta tranquilidade pode ser ameaçada agora.

Jesus não teria falecido na crucificação, mas teria sido tratado por José de Arimatéia e, uma vez recuperada a saúde, ele teria retornado até a Índia, onde viveu tranquilo até o dia de sua morte.

O interessante é que Martin descobre esta relação de forma extremamente inusitada. Enquanto estava no Paquistão ele entrou num bar e bebeu uma cerveja paquistanesa denominada "Murree". Questionando o nome da cerveja e, acreditando ser alguma homenagem a um senhor inglês chamado Murree, o dono do bar, um paquistanês cristão, afirma ser uma homenagem à Maria mãe de Jesus. Martin pensou "uma homenagem à Maria mãe de Jesus num país muçulmano?". O dono do bar disse que é porque ela está enterrada no Paquistão. Simples.

Se o leitor assim como Martin (e eu) se pergunta o que Maria está fazendo no Paquistão, a resposta é uma das teses apresentadas por uma especialista consultada por Martin. Após a crucificação e a recuperação física de Jesus, ele e sua mãe vão pela Rota da Seda para a Índia e Maria morre no caminho, sendo sepultada por lá em uma colina. Os ingleses, como bons cristãos, não concebiam a possibilidade de encontrarem o túmulo de Maria e destruíram o local em que ela estaria enterrada para a construção de um forte devido à ótima localização estratégica da colina.

Daí, Martin parte para a obra de Notovitch que em 1887 afirma ter ficado no mosteiro de Henvis Compa em Ladak e que lá ele conheceu o documento "A vida do santo Issa, o melhor dos filhos dos homens". Issa é o nome pelo qual Jesus é conhecido no Oriente.

Depois em 1922 o swami Abhedananda afirmou ter lido e traduzido o mesmo documento.

E é o documento que sustenta a tese que se torna o principal problema.

Este documento nunca mais foi visto.

Martin visita o mosteiro, mas o monge que o atende gentilmente informa que após a ida de sua santidade Dalai Lama para o Tibete, todas as traduções foram interrompidas e não há autorização para que os documentos fechados por cordas sejam abertos até que sua santidade Dalai Lama retorne. Sabe quando ele foi para o Tibete? Há 40/50 anos!!! A filmagem mostra os livros fechados por pequenas cordas. Frustrante.

O documentário ainda apresenta outras questões, como o túmulo de Youz Asouf, o possível tempo de estudo de Jesus com um antigo Shankaracharya, a existência de um documento que menciona o encontro entre o Issa (Jesus) e o rei Satavahana Shalivahana.

Além das dificuldades devido ao tempo decorrido (quase 2000 anos!!) há ainda a dificuldade dos fundamentalistas de todos os lados e as dificuldades políticas entre países em guerra constante. Em alguns momentos o produtor Paul Davids e o autor Edward T. Martin não podem se aproximar de certos locais devido à população que considera o perguntar a cerca do "profeta Jesus" um insulto ao "Santo Alcorão".

Embora levante mais questões do que responda, o documentário lança algumas possibilidades de respostas às questões que incomodam os cristãos. Recomendo.

Para ver o trailer, clique aqui.

sábado, 19 de setembro de 2009

054. Nota de falecimento

Reproduzo na íntegra a matéria colocada na Convensão Batista Brasileira do site http://www.batistas.com/

Faleceu neste sábado às 6h46 (horário de Brasília), 4h46 (horário de Dallas), o pastor Nilson do Amaral Fanini, que foi diversas vezes presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) e que também esteve à frente da Aliança Batista Mundial (BWA, sigla em inglês).

Segundo informações do pastor David Schier, o pastor Fanini estava em viagem pelos Estados Unidos com sua esposa Helga para conhecer a sua mais nova netinha.

No entanto, durante a viagem de avião ele teve uma pneumonia e posteriormente um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que atingiu três partes de seu cérebro.

O pastor Fanini foi então internado no Hospital Metodista da cidade de Dallas (estado americano do Texas), porém os médicos chegaram à conclusão de que a situação era irreversível, o que os levou a desligarem os aparelhos, informou o pastor David Schier.

A família, através do filho Roberto Fanini, informou que o corpo será cremado, na próxima segunda-feira, dia 21, nos Estados Unidos e não será trazido para o Brasil. Roberto também informou que no dia 27/09, em Dallas, será realizado o culto em memória e gratidão pela vida do pastor Fanini.

Os batistas brasileiros também poderão prestar sua homenagem no dia 04/10, quando será realizado na Igreja Batista Memorial de Niterói um momento de gratidão a Deus pela vida deste grande evangelista.

A câmara municipal de Niterói realizará, também no dia 04/10, uma solenidade póstuma.

Pequeno histórico

O pastor Fanini nasceu no dia 18 de março de 1932 na cidade de Curitiba (PR). Ainda jovem, aos 12 anos de idade, aceitou a Cristo como seu Senhor e Salvador após um apelo do pastor David Gomes durante uma série de conferências na capital do Paraná. Foi batizado no mesmo ano de 1944.

Na juventude, enquanto servia nas forças armadas, sentiu que Deus desejava dele um compromisso ministerial. O jovem Fanini decidiu então fazer o Seminário Menor no Instituto Teológico A.B. Deter, em Curitiba. Posteriormente, seguiu para o Seminário Teológico do Sul do Brasil (STBSB), onde completou o curso de bacharel em Teologia no ano de 1955, quando tinha 23 anos.

Ele foi consagrado ao ministério da Palavra em 24 de novembro de 1955 na Igreja Batista da Tijuca (RJ), que era então pastoreada pelo pastor Oswaldo Ronis. Um ano depois ele se casou com Helga Kepler Fanini, com quem teve três filhos, Otto Nilson, Roberto e Margareth. No mesmo ano seguiu para os EUA, onde fez mestrado em Teologia no Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth (Texas).

Ao retornar dos EUA aceitou convite da Primeira Igreja Batista de Vitória (ES), onde atuou entre 1958 e 1964. Assumiu então a Primeira Igreja Batista de Niterói, na qual alcançou um ministério de 41 anos. Por fim, atuou na Igreja Batista Memorial de Niterói.

O pastor Fanini também fundou e apresentou o programa de TV “Reencontro”.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

053. Eu gostei

Sabe o que acontece quando juntamos Le Parkour, Basquete, Hip-Hop, um parque e alguns caras dispostos a fazer palhaçadas?

OUT OF TIME from Андрей Скурьят DREE on Vimeo.

Fonte: Jacaré Banguela

052. Seria fácil 02

Mais um trabalhinho que seria fácil de mais se eu desejasse escrever somente aquilo que agradasse...

Mais um vez escrevo que se o professor não gostar, azar...fiz aquilo que julguei honesto.

Que estilo de liderança você pretende utilizar em seu ministério? Baseado no texto, justifique sua resposta.

Antes de abordar a questão da escolha de um estilo de liderança, é preciso entender os termos utilizados pelo autor da pergunta a fim de esclarecer exatamente qual o significado utilizado por ele quando escreve “ministério”.

Se o autor da pergunta se refere ao ofício de cura de almas ou de ministro do Evangelho então a pergunta se torna totalmente desnecessário e sem possibilidade de resposta, tendo em vista que não almejo seguir nenhum das duas opções. Se o autor da pergunta se refere a um ofício, cargo, função ou serviço de qualquer outra natureza já que estes termos também servem como significados para a palavra, então a resposta é possível. Nenhuma.

É preciso que fique claro que em algum momento cada pessoa assume o papel de líder. Este papel pode ser interpretado em casa, no trabalho, na rua, na faculdade, na escola ou em qualquer outro lugar. De igual modo, a liderança pode ser exercida entre amigos, entre parentes ou em meio a desconhecidos. Parece um tanto improvável que alguém sem qualquer intimidade com um grupo consiga desenvolver algum tipo de liderança, mas é espantoso como diante de uma situação emergencial as pessoas seguem àquele que demonstrar ter controle da situação, ainda que este não tenha o domínio da conjuntura, o que confirma a figura do líder como um papel a ser interpretado.

Se todas as pessoas vão assumir uma liderança então não há como fugir da probabilidade de que algum estilo de liderança deverá ser utilizado quando necessário e, aqui, o texto “O PAPEL DA LIDERANÇA” apresenta três estilos básicos, a saber, “Liderança autocrática”, “Liderança liberal” e “Liderança democrática”. Cada uma destas maneiras é especificada no texto com suas características e das duas primeiras apenas pontos negativos são mencionados, ficando evidente que o autor do texto considera o último estilo como o mais indicado.

A “Liderança democrática” é de fato a mais bem apresentável no texto. Trata-se de um trabalho sempre em conjunto com a enfática participação de todos os componentes da equipe que são mantidos constantemente motivados pelo líder que é alguém preparado para estimular, aconselhar, orientar, elogiar e criticar de forma objetiva.

No entanto, o autor do texto declara enfaticamente que o “administrador utiliza três estilos de liderança de acordo com a tarefa a ser executada, as pessoas e a situação.” sendo assim, não se pode escolher um estilo de liderança, pois todos os estilos serão necessários de acordo com a circunstância.

Meu desejo para um futuro ministério é ser professor. Como tal, acredito que o estilo de liderança democrática é o ideal, por ser este líder um orientador. Assumir a liderança de um grupo não me interessa e de modo algum desejo orientar as pessoas a fazerem aquilo que desejo, pois se o fizesse, seria um ditador em “pele de cordeiro”.

O texto apresenta a definição de Peter Drucker de que a “liderança sempre tem a ver com resultados”. Como o texto não demarca o sentido de “resultados” então a frase torna-se abstrata demais para ser processada metodologicamente. Se os resultados são apenas materiais, então o autor se refere ao ramo empresarial, o que não corresponde à minha visão de ministério. Se forem resultados de valor no sentido da emoção/sentimento humano, então estou de acordo com Drucker de que a liderança sempre tem a ver com proporcionar oportunidades de crescimento individual às pessoas e fortalecimento dos sentimentos de harmonia de um grupo.

Para um futuro ministério, pretendo ser o líder/orientador que adota o estilo democrático e que, portanto, almeja tornar-se desnecessário ao grupo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

051.É a vida...

Por motivos que fugiram ao meu controle, fiquei um longo tempo sem realizar postagens. Peço desculpas às todos os leitores (se é que há algum).

Para me redimir, escrevo uma historinha...

Olhava ao redor como se procurasse entre os rostos desatentos alguma esperança. Sentia o suor molhar o rosto, as mãos tremiam como se quisessem ignorar seus comandos, a respiração ficava curta e até difícil. Ataque de pânico foi o que leu na internet. Ansiedade foi o que viu num folheto em algum consultório médico. A verdade é que ele sabia muito bem que todas as sensações tinham apenas um motivo: sua incapacidade em aceitar uma igreja tão diferente daquela que conseguia enxergar na Bíblia.

Nas palavras do pastor ele não encontrava alento, de fato, nem sequer concordava com o que o pastor dizia. Considerava o pastor um dos principais responsáveis pelo estado frio da igreja. Durante os cultos, sentia que era o momento de se levantar e gritar a plenos pulmões o quanto todas as músicas e coreografias eram mecânicas e as mensagens secas e ocas. Mas não o fazia. Ele era apenas um jovem e seus 21 anos não davam forças às suas palavras como ao seu corpo. Não era bacharel em Teologia, cursava uma faculdade comum. Desprovido de qualquer chamado divino suas palavras pareceriam ainda mais fracas para a congregação. Esta buscava cada vez mais os feitos sobrenaturais e apenas o “mover” do espírito importava. A tradição era desprezada, característica dos tempos pós-modernos em que se encontrava. Desprezavam também os mais necessitados, apenas a elite da igreja gozava de direitos. Os grupos menores não importavam. Aos olhos da comunidade, a elite tinha o poder dado diretamente por Deus e tudo o que fazia era de acordo com a vontade divina.

Ele, pelo contrário, cogitava constantemente se havia uma ordem divinal para falar o que sentia e por fim a toda hipocrisia daquela elite. Lembrava os profetas bíblicos, Amós, Oséias, Isaías e desejava ser como eles. Falar contra as autoridades corruptas e frias, lembrar a aliança do Senhor ao povo, voltar às origens para buscar o sentido do presente e, assim, notar o amor ao próximo de volta aos corações.

Quando não agüentava mais e sentia que o momento de rebelar-se chegara, pensava em sua família, tão tradicional na igreja, o que eles pensariam? E a vergonha para seus pais? E o que as demais pessoas pensariam dele? Por levantar no meio de uma mensagem e bradar contra a direção da igreja, na certa o chamariam de louco e não de profeta. Não que ele quisesse este título, mas também não queria ser chamado de louco. Pensava no que perderia caso se levantasse contra a igreja. Perderia o apoio da família, perderia as amizades, perderia aquela igreja como local de reunião. Embora não concordasse com o que acontecia semanalmente ali, refletia que não estar ali poderia ser pior. Foi neste momento que percebeu que não era a experiência religiosa com a divindade que tinha mais importância para ele. Eram os costumes, eram as tradições que ele defendia, era a acomodação do lugar que o mantinha ainda ali.

Chorou. Pensou que tudo o que sentia não era forte o suficiente para tirá-lo da acomodação daquela comunidade. Se sublevar àquela igreja era ter a certeza de que havia falado o que precisava para sentir-se em paz. Mas isso indicava que agora ele não teria mais lugar para ficar. Ser excluído do meio daquele povo era ser jogado nu na escuridão. Não haveria uma luz fraca seguida por todos. Seria necessário buscar, sozinho, alguma chama e isso significava andar no escuro e no frio da solidão por um tempo que ele não sabia qual. O medo do desconhecido o atingiu e ele sentiu um frio no estômago.

No domingo seguinte, no meio da mensagem ele levantou-se.

Foi ao banheiro, molhou o rosto e respirou fundo. Olhou-se no espelho, olhou para o alto e disse:

Senhor, afasta estes pensamentos da minha mente.

Voltou ao santuário e sentou-se, percebeu dois ou três olhares reprovadores por ter saído no meio do sermão, abaixou a cabeça e continuou fingindo prestar atenção no que o pastor dizia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

050. Seria fácil.

Seria extremamente fácil fazer o trabalho abaixo anteriormente. Bastava embromar e escrever aquilo que o professor gostaria de ler. Já fiz isso algumas vezes. Não faço mais. Não pretendo mais fazer.

Se o professor não gostar, azar.

Fiz aquilo que considerei honesto.

O texto é longo e as perguntas do trabalho estão numeradas. Trata-se da matéria "É preciso ouvir as más notícias" publicado pela HSMManagement 75 JULHO-AGOSTO 2009.

1- Como as regras de ouro do empreendedorismo podem ser aplicadas às suas atividades diárias na Igreja ou ministério onde você atua?

As regras de ouro do empreendedorismo não são exclusivas ao mercado empresarial. Esta distinção é essencial para que não se julgue falar de empreendedorismo como se falasse em ministério e confunda-se empresa com igreja. São instituições diferentes e, embora andem juntas em alguns aspectos, não podem estar associadas, ou se terá o risco de perder a visão de lucro para uma e de ganhar a visão de lucro para outra. Assim como uma não é um ministério filantrópico, a outra não é uma organização que visa aumento da receita.

As regras de ouro podem ser aplicadas aos mais variados ramos de atividades, sejam profissionais ou não. Simplificando-as, consistem de três coisas básicas: (a) ter uma segunda opinião, (b) saber se é o ideal para si e (c) estar com alguém junto na execução da tarefa.

Com relação à aplicação destas regras na atividade que desenvolvo na igreja é preciso saber primeiro que ocupo o cargo de conselheiro da organização missionária Embaixadores do Rei, sendo assim, trabalho com crianças e adolescentes.

Ao trabalhar com este grupo a primeira regra é fundamental, pois os menores não têm a capacidade adulta de dissimilação e sempre dizem aquilo que os agrada e que não os agrada (principalmente) em qualquer projeto. Ignorar as opiniões contrárias acarretaria na perda do respeito e no fracasso de qualquer iniciativa, devido à contrariedade com que seriam desempenhados os papéis, a saber, a conhecida “rebeldia” juvenil.

A segunda regra é igualmente aplicada no trabalho com a organização. A quantidade de homens que deixam o trabalho com a organização Embaixadores do Rei é enorme e já é possível perceber as dificuldades que isto acarreta.

O trabalho com a organização em questão é desgastante devido aos inúmeros problemas que enfrenta como preconceito, falta de verbas, falta de material adequado, falta de local específico para realização de reuniões e etc. É preciso que aquele que deseja trabalhar com esta organização tenha real certeza de que sua personalidade lhe manterá firme quando as intempéries chegarem e sempre chegarão. O trabalho penoso e muitas vezes custoso financeiramente definitivamente não é para qualquer um. Infelizmente não me lembro de quantos “conselheiros” abandonaram a embaixada da qual eu fazia parte, sei apenas que foram muitos e que deixaram para trás um grupo de meninos que foram enganados pela certeza de que ali se levantava um líder.

A terceira e última regra é a mais necessária de todas com relação à organização Embaixadores do Rei. Como foi citado acima o preconceito de muitas igrejas e, aqui especificamente a comunidade reunida no local e não o pastor ou a liderança, prejudica o trabalho. Como exemplo a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro que possui mais de 3000 membros arrolados e apenas 20 embaixadores do rei, ou seja, menos de 1% em relação aos membros. É preciso utilizar muito tempo na construção do consenso de que a organização Embaixadores do Rei é uma opção viável no desenvolvimento físico, moral e espiritual das crianças e adolescentes. Tal construção de consenso implica na desconstrução do preconceito de que a organização é o local para manutenção de arruaceiros. É preciso também despender tempo na constituição do consenso entre os embaixadores para que ultrapassem a visão limitada que os outros fazem deles.

2- Na sua opinião, baseado no texto fornecido, o peso do emocional pode impactar a criação de ministérios ou organizações? De que forma? Como é possível minimizar estes impactos?

O peso emocional pode impactar a criação de ministérios e organizações. Este impacto pode ser bom ou mau.

É preciso entender que as pessoas são muito mais do que números e ovelhas. Elas são pessoas e como pessoas, têm suas particularidades que não podem ser generalizadas. É claro que um grupo unido por um ideal pode ser entendido como um grupo coeso, mas não é possível esperar lógica de filosofias religiosas e das pessoas que as seguem e de igual modo, não se podem agrupar todas e esperar que trabalhem juntas.

Não se pode ignorar o lado emocional, afinal o ser humano é mais do que apenas racional e, de fato, o pensamento é anterior à racionalização.

Se uma pessoa não tem o lado emocional, que aqui será utilizado no lugar de “aptidão”, suficientemente estruturado para ver alguém passar fome, de modo algum poderá atuar na assistência social de uma igreja. Embora que a sua dor seja um mecanismo que possivelmente a levaria à ação, ainda assim uma doença sintomática seria o imaginável fim.

Do ponto de vista daquele que está na liderança o peso emocional é ainda mais denso, pois será preciso lidar com os mais variados tipos de pessoas e aprender a chamada “arte do relacionamento” se quiser que seu ministério ou organização funcione.

De acordo com o texto, quando uma organização é muito grande, os esforços na contenção de incertezas são equivalentes. Numa igreja acontece da mesma forma e dificilmente um membro sem experiência de liderança será colocado num cargo de importância. É preciso que o membro construa sua história na igreja e que ao fazê-la, comece sempre em organizações pequenas, sendo infelizmente muitas vezes colocado com crianças, como se elas não merecessem ou carecessem de pessoas qualificadas.

As organizações menores cumprem seu papel na formação do líder, mas de modo algum deveriam ser colocados líderes sem preparo em contato com as pessoas, ainda mais quando se tratam de igrejas e fiéis. O que é feito com os seminaristas é vergonhoso. Um seminarista é exposto a conteúdos acadêmicos potenciais para a mudança de vida e até da fé, não sendo o melhor momento para trabalhar com pessoas que precisam de orientação.

Para minimizar esses impactos o ideal seria que fosse estabelecido um programa de treinamento em que os conteúdos práticos fossem priorizados. O seminarista é um exemplo disso, pois deve estagiar desde o primeiro período, mas apenas no sexto período será ministrada a disciplina “Aconselhamento”, logo, exige-se algo sem que sejam dados os meios para o cumprimento do serviço.

Muitos bons projetos são rejeitados por que não estão de acordo ou ameaçam a estrutura já estabelecida. No texto há o relato do empresário Fábio Seixas que deixa clara a necessidade de investimentos em estruturas novas que possibilitem aos funcionários maior liberdade de expressão. É óbvio que aplicar isso ao âmbito eclesiástico é problemático, pois tudo numa igreja deve ser certo, ou pelo menos visto como certo.

Enquanto se mantém a estrutura hierarquizada e em muitos casos obsoleta, várias pessoas com valiosos talentos são desprezadas. Não é à toa que tantos jovens, para citar apenas um exemplo, saem de igrejas de linha tradicional conservadora e vão para igrejas neo-pentecostais nas quais encontram liberdade para fazer parte da igreja.

O preparo é a chave de leitura de qualquer situação e deve-se investir nele.

3- O consenso pode ser uma das chaves para o sucesso de um projeto? Porque?

O consenso pode ser uma das chaves para o sucesso. Embora a palavra tenha vários significados, é justo pensar que o autor do texto não a utiliza como tolerância, mas sim como adesão que é estar ligado por uma íntima união, do contrário não há razão de ler o texto.

A união é muito difícil de ser conseguida e no texto há a quantidade impressionante de empresas que abriram e fecharam segundo os dados de 2008. Se imaginarmos que várias dessas empresas podem ter fracassado pelo falta de união, é possível perceber a importância da constituição do consenso.

Quando as pessoas estão reunidas por seus próprios interesses é extremamente fácil que se desviem cada uma para um lado na busca do bem individual, o que prejudica o grupo. Quando estão reunidas por um objetivo comum é assaz relevante como abdicam do particular em prol do todo e do cumprimento da tarefa a que se designaram.

Cabe ao líder, seja pastor, administrador de empresa, regente, ministro de música, professor de E.B.D. ou qualquer outro tipo ter em mente que as pessoas se sacrificarão por aquilo em que acreditam. Dar tempo para a formação desse objeto de crença, desse ideal é necessário para que o grupo se consolide e, ao fazê-lo, esteja preparado e motivado para ultrapassar barreiras.

De igual modo e muito mais importante, o líder jamais deve se aproveitar da crença e do compromisso das pessoas para exigir que elas abdiquem de suas vidas. Parece que a maioria dos líderes aplica a regra inversa e faz de seus interesses os objetivos do grupo quando o correto seria buscar o alvo geral. Exploram. Oprimem.

É claro que um líder pode trazer seus sonhos para um grupo, mas seria honesto se não considerasse a sua verdade como a verdade universal e ajudasse a todos no processo de descoberta de seus significados individuais para juntos construírem o motivo de consenso que os tornariam uma equipe.

049. Tirinhas


Eu já tive estes pensamentos e essas conversas...

Contribuição: Iara a Bibliotecária.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

048. Tempos mais fáceis...

De tempos mais fáceis, quando um simples desenho proporcionava a felicidade.

Tempos que não voltam e que deixam a saudade eterna.

Tempos em que as preocupações atuais nem sequer eram concebidas pela mente que com 6 retas fazia um castelo.


Então é aqui?

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