Língua Portuguesa IV é uma das matérias que curso no quarto período da faculdade de Teologia na FABAT (Faculdade Batista do Rio de Janeiro).
Este quarto momento de estudos da Língua Portuguesa tem ênfase na comunicação oral e o prof. Adalberto Alves de Souza colocou-me numa situação complicada.
Pediu-me a leitura de um soneto. Diante da turma. Não gosto de falar em público, fico nervoso e as chances de errar alguma palavra são grandes, mas como não poderia negar o pedido do professor aventurei-me na leitura.
O que eu não esperava era que o soneto pedido fosse o controverso e quase duvidoso "A uma santa" de Luís Lisboa. Para este soneto existem várias versões e vários autores e é possível encontrar uma versão diferente em cada pesquisa no oráculo do saber moderno (Google).
Eis uma versão:
A uma Santa (*)
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Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijom sidério.
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És o bartólio do bocal empírio
que ruge e passa no festim sitério,
em ticoteios do pártamo estírio,
rompendo gambas do hortomogenério.
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Teus lindos olhos que têm barcalantes,
são começúrias que carquejam lantes,
nas cavas chusmas de nival oblôneo.
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São carmentórios de um carcê metálio,
nas duas pélias por que pulsa Obálio,
vem vertimbráceas do pental perôneo.
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