quarta-feira, 26 de agosto de 2009

045. Língua Portuguesa IV

Antes que o leitor (se é que há algum) procure por postagens anteriores relativas à Língua Portuguesa, aviso que não as encontrará.

Língua Portuguesa IV é uma das matérias que curso no quarto período da faculdade de Teologia na FABAT (Faculdade Batista do Rio de Janeiro).

Este quarto momento de estudos da Língua Portuguesa tem ênfase na comunicação oral e o prof. Adalberto Alves de Souza colocou-me numa situação complicada.

Pediu-me a leitura de um soneto. Diante da turma. Não gosto de falar em público, fico nervoso e as chances de errar alguma palavra são grandes, mas como não poderia negar o pedido do professor aventurei-me na leitura.

O que eu não esperava era que o soneto pedido fosse o controverso e quase duvidoso "A uma santa" de Luís Lisboa. Para este soneto existem várias versões e vários autores e é possível encontrar uma versão diferente em cada pesquisa no oráculo do saber moderno (Google).

Eis uma versão:

A uma Santa (*)

.

Tu és o quelso do pental ganírio

saltando as rimpas do fermim calério

carpindo as taipas do furor salírio

nos rúbios calos do pijom sidério.

.

És o bartólio do bocal empírio

que ruge e passa no festim sitério,

em ticoteios do pártamo estírio,

rompendo gambas do hortomogenério.

.

Teus lindos olhos que têm barcalantes,

são começúrias que carquejam lantes,

nas cavas chusmas de nival oblôneo.

.

São carmentórios de um carcê metálio,

nas duas pélias por que pulsa Obálio,

vem vertimbráceas do pental perôneo.

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